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Recrutamento e seleção de candidatos e suas ferramentas de avaliação.

Publicado em 01/05/2014

Quando falamos em seleção de pessoal não estamos afirmando que o candidato escolhido seja exatamente aquela pessoa que preenche todos os requisitos do cargo.

Recrutamento e seleção de candidatos e suas ferramentas de avaliação.
Recrutamento e Seleção

São comuns as empresas em geral aplicar técnicas de seleção de pessoal visando analisar determinadas características, totalmente voltadas a sua área de atuação profissional.


Os profissionais de RH estão acostumados a analisar determinadas condições no candidato no campo físico, psicológico e comportamental, fatores, segundo sua ótica, é imprescindível para sua contratação. Essa condição para as contratações é quase que uma regra onde os profissionais do RH procuram por qualificar-se quase que constantemente para conhecerem as melhores técnicas de seleção.


Para ser escolhido, o candidato passa por essa seleção que é o processo de escolha da pessoa certa para o lugar certo, sabendo-se que ainda resta o processo de adaptação dentro do cargo para o qual se candidatou. Quando falamos em seleção de pessoal não estamos afirmando que o candidato escolhido seja exatamente aquela pessoa que preenche todos os requisitos do cargo, longe dessa ideia, selecionar significa buscar o profissional que mais atende tais requisitos.


Os profissionais de Recursos Humanos com foco em Recrutamento e Seleção utilizam ferramentas de investigação que aponte, dentre um universo de candidatos, os mais qualificados para ocupar um determinado cargo dentro da empresa, as bases primordiais dessa procura se baseia em características pessoais dentro de seus conhecimentos, suas habilidades, postura para o trabalho entre outras competências.


As avaliações as quais os candidatos serão submetidos são processos de busca que possam identificar quais dentre eles (candidatos) o que reúne mais qualidades para ocupar a cadeira em vacância.


É mister saber quais são as expectativas de carreira do candidato, até onde ele pretende chegar, quais são as suas reais necessidades de colocação profissional naquela empresa.


As empresas costumam ter um fluxo de trabalho com os candidatos, esses trabalhos podem variar de empresa para empresa, compreende as seguintes etapas:

 

  • Análise dos Currículos;
  • Pré-entrevista por telefone ou pela internet;
  • Entrevista presencial;
  • Preenchimento de ficha de solicitação de emprego;
  • Questionários psicológicos;
  • Analise Grafológica;
  • Dinâmicas de grupo;
  • Testes de Conhecimento;
  • Exame médico pré admissional;
  • Exames para detectar vícios de teor toxicológicos;
  • Demais exigências internas da empresa.


As organizações vão aplicando todas as ferramentas possíveis e imagináveis sem considerar o ser humano que ali se encontra não se dando conta que nesse momento o candidato está sob forte pressão psicológica e, mesmo assim, é submetido a um batalhão de testes, questionários, exames, redação, sem ser avisado com antecedência de todo o processo de seleção. Perceba a difícil relação já nos primeiros momentos de uma relação que pode ou não vir a ser de trabalho.

Sabemos que a grande maioria desses processos de seleção, quase em sua totalidade, são ferramentas de investigação de personalidade e caráter, furtando-se das aptidões profissionais as quais ele está se candidatando. Veja o quanto esse candidato está sendo constrangido nesse instante, seu brio está sendo afetado com todos os procedimentos, mas como o candidato, precisa daquela vaga, aceita tudo sem saber que naquele momento os seus direitos constitucionais estão sendo violados. Nesse momento os prejuízos que o candidato esta sendo submetido são vários e, muitas vezes, irreparáveis, como dignidade, autoestima, brio e o próprio profissionalismo.


A Constituição Federal do 05/10/1988 (CF/88) afirma:


Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: [...].


Pois bem, se a carta magna brasileira estabelece que todos são iguais perante e lei que pode viver liberdade e trabalhar com dignidade, o que representa para o cidadão os testes psicológicos entre outros se não a intervenção nessa liberdade? O que representa o Artigo 5 da nossa constituição para as empresas que buscam conhecer a estrutura da personalidade do candidato através de questionários, testes e outras ferramentas? Será que os candidatos não estão sendo discriminados nessa pre-seleção que poderá ser ou não um futuro contrato de trabalho? Até que ponto as organizações podem estudar a constituição de personalidade do ser humano pode ser invadido como forma de investigação para atendimento dos programas de qualidade total? Isso é o que chamam de Gestão de Pessoas?


Os métodos de recrutamento e seleção de pessoal existentes hoje nas organizações para os candidatos podem gerar danos morais, pois os candidatos estão sendo expostos a vexame devido as regras impostas pelas organizações para a sua efetiva contratação, o que caracteriza atentado a sua dignidade e honra.


Em uma de minhas palestras, quando comentei acerca desses direitos dos candidatos estarem sendo violados, fui contestado por um cidadão como ficava a soberania das organizações em investigar a personalidades das pessoas que estavam sendo colocadas dentro de sua casa. Respondi que aquele lugar não se trata da casa do empresário e sim de uma empresa privada a qual abriu suas portas para que as pessoas pudessem trabalhar, e para trabalhar bastava apenas provar suas habilidades profissionais e, se, essas habilidades são requisitos do cargo. É claro que o cidadão não gostou da minha resposta, continuava a esbravejar que a empresa é soberana a Constituição Federal.


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