Como será o futuro do trabalho? A pergunta é uma só, mas traz um “punhado” de respostas que precisam estar claras para empresas e colaboradores se prepararem e não ficarem à deriva com o que está por vir. Maior flexibilidade, novas tecnologias, saúde mental e diversidade são apenas o pontapé inicial para a grande transformação que já está em curso dentro das gestão de diversas empresas do mundo.
“A pandemia só acelerou processos. Por isso, mais do que nunca, é preciso que estejamos atentos e preparados para dar suporte às empresas e colaboradores, criando ambientes saudáveis, com foco em novos modelos de gestão e negócios”, explica a CEO da SOMA, Rose Mary Barbosa.
Pensando no futuro dos negócios, a Forbes Brasil preparou um compilado completo, com informações da futurista e CEO do Future Today Institute, Amy Webb, para apresentar as principais tendências que prometem mudar a realidade do futuro do trabalho. Além disso, algumas das tendências apresentadas já são realidade, inclusive no Brasil.
Nós já apresentamos a tendência por aqui. Segundo Amy Webb, para os empregadores, o anywhere office abre diversas portas de acesso aos melhores talentos que uma empresa precisa. Isso porque, o modelo de trabalho, conhecido como “escritório em qualquer lugar”, não exige a presença física do colaborador. Basta ter acesso à internet.
Sabe aquele cronograma, com todos os colaboradores fazendo tudo junto em simultâneo? Isso já é passado – exceto se o contexto da situação seja em linhas de montagem, quando cada um é responsável por alguma tarefa contínua e precisa da equipe completa para a produção.
Muitas equipes não precisam mais fazer as tarefas simultaneamente. E para alinhar a organização das atividades diárias, utilizam ferramentas, como o Trello, para ajustar agendas e programar cada ação do que precisa ser feito de forma fluída.
Para ter uma base, a pandemia favoreceu um aumento de cerca de 25% na ansiedade e depressão geral no mundo todo. Além disso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), é estimado que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido à depressão e ansiedade. Ou seja: um olhar à saúde mental é mais do que fundamental em qualquer jornada. Ter uma assistência justa para os colaboradores é diferencial e os talentos buscam por isso no mercado.
De acordo com Amy Webb, o “termo é abrangente para definir tecnologias que preenchem a divisão entre os mundos físicos e digital. Nos próximos anos, isso vai continuar se expandindo. Poderá usar gestos para se mover no mundo virtual, tornando a experiência mais imersiva. Com uma interface mais humana. Ou seja: menos tempo digitando e olhando para a tela e, mais tempo usando mais os nossos corpos para nos comunicarmos".
Algumas empresas, como a Samsung, já estão testando a tecnologia para contratar profissionais de diferentes lugares do mundo.
O trabalho flexível é um requisito mais do que cobiçado para os profissionais do mercado e o trabalho remoto segue em alta mesmo após a pandemia. Mas com a flexibilização, também é preciso pensar e desenvolver ações para dar condições à jornada de trabalho.
A Sodexo, em parceria com a Harris Interactive, encomendou a pesquisa O Futuro da Vida no Trabalho, onde foram entrevistadas 4.800 pessoas em oito países. No levantamento, 92% dos entrevistados afirmaram a preferência pelo trabalho remoto. Além da flexibilidade e conforto da casa, o home office também evita o estresse diário no trânsito, evita o transporte público, dá mais segurança e economiza o tempo de deslocamento.
A pesquisa foi feita em: EUA, Inglaterra, Espanha, França, Austrália, Alemanha, China e Brasil.